Carta de apresentação

Ter um curriculum “pronto” é uma mão na roda. Mas o candidato precisa incrementar com uma “carta de apresentação”.
É SIMPLES.
Você quer o emprego, certo? Então evite ser preguiçoso e se dê ao trabalho de escrever uma carta breve de apresentação e saudação a cada empresa na qual for enviar um curriculum.
Não precisa ser uma “carta”, desse ponto de vista. Apenas uma breve mensagem via e-mail, mostrando sua cordialidade, seu interesse e dando alguns dados e referências sobre o porquê o pretendente à vaga seria a opção certa à empresa.
Escrevendo uma carta nova a cada empresa, interessado na vaga evitará algumas fantásticas gafes que são cometidas por candidatos a todo momento: trocar o nome da empresa ou das pessoas as quais deveria mandar o curriculum, enviar cartas com datas passadas, textos com erros de português, informações desatualizadas de contato, etc. Há muito o que errar e escrever um e-mail dessa natureza se muito leva mais do que cinco ou dez minutos. Simplesmente não vale a pena arriscar.
Mas tudo bem, i interessado na vaga ainda pode estar inseguro sobre o que deve escrever essa carta. A carta de apresentação deve ser simples e objetiva, mas as dicas a seguir ajudarão a chegar num tom e num conteúdo certos direcionados a atingir o ponto:

• De novo: escreva uma carta à cada empresa
• Jamais fique simplesmente repetindo aquilo que já está no curriculum. Profissionais de RH odeiam candidatos redundantes
• Tente se focar nos números quando for informar alguma coisa que pode lhe conceder vantagens, como o fato de ter chefiado 10 pessoas, ou de ter concluído mais de 120 vendas, ou ainda haver lecionado mais de 500 alunos em 7 anos
• Foco naquilo que você pode fazer pela empresa
• Evite pedir, implorar ou esmolar. Ninguém gosta de contratar um coitado. O mercado de trabalho busca, como você já sabe, candidatos com liderança e fortitude, e uma demonstração de fragilidade e fraqueza nas suas primeiras palavras invariavelmente deixam de ser um bom sinal
• Deixe a formação para o curriculum. Pessoas que são repetitivas em relação a suas formações e títulos, além de ser redundantes, são muitas vezes tomadas como arrogantes
• Não minta
• Se possível, inclua um depoimento de um chefe anterior ou mesmo os contatos em forma de referência
• Revise sempre o conteúdo antes de mandar, lendo em voz alta se possível e pescando erros de português
• Evite frases muito longas
• Seja natural e genuíno e evite “falar difícil”. O excesso de formalidade, o emprego da segunda pessoa do plural (do tipo em “vossa empresa”) se tornaram inúteis ao mercado brasileiro. Seja correto, polido, gramaticalmente preciso, mas natural
• Suma com palavras da moda e batidas do dicionário antes de escrever, exemplo “dinâmico”, “multitarefa”, “procrastinação”, “efetivo”, “proativo” e por aí vai. Textos repletos dessas palavras parecem (e geralmente são) fabricados
• No máximo dois ou três, quatro parágrafos estourando. E lembre-se, quando falamos em e-mails, um parágrafo tem duas ou três linhas, ao contrário que a maioria faz, de 20 ou 30
• Se possível peça que um amigo, parente ou alguém de confiança leia antes de realmente mandar a carta
• Use sua intuição. Claro, todas as regras ajudam a Acertar, mas dificilmente fazem com que a pessoa surpreenda. Se tiver uma boa ideia, arrisque, mas sempre com inteligência, bom humor, objetividade e correção gramatical. Quem sabe você acerta de primeira?
• Edite o material e mande depois de checar tudo – guarde um modelo se quiser, mas refaça a carta quando for enviar novamente o currículo a outra vaga, usando a antiga apenas em forma de referência
• Guarde as cartas que geraram resposta das empresas. Se muitas empresas responderam um determinado tom ou estratégia, é sinal que o pretendente à vaga acertou. Identifique os pontos fortes da carta e repita-os no futuro, visando tornar o seu currículo cada vez mais lido e sua carreira cada vez mais promissora